A agricultura digital é um setor em rápido crescimento dentro do negócio agrícola. Ela aproveita tecnologias avançadas para melhorar a produção de alimentos, o gerenciamento de estufas e da cadeia de suprimentos, aumentar a eficiência e sustentabilidade e integrar a tecnologia da informação para uso prático.
Ao gerenciar áreas de negócios para grandes corporações multinacionais do setor agrícola, adquiri compreensão de todas as dificuldades enfrentadas por agricultores, produtores de insumos, varejistas e empresas de grãos. Comecei a pensar em como a tecnologia poderia ser uma excelente maneira de aumentar a produtividade e melhorar o fornecimento de alimentos. Por isso, decidi deixar o setor corporativo e estabelecer um mercado B2B para toda a cadeia de valor agrícola.
Com base nos números da minha empresa e dos nossos pares na indústria, percebo que plataformas de negociação digital podem realmente aumentar as vendas globais e locais ao facilitar negociações de preço e conectar compradores e vendedores com uma ampla gama de participantes do mercado agrícola. Mas permita-me destacar também algumas outras soluções agtech.
Automação na Agricultura: Visão Geral da Tecnologia
A agricultura de precisão utiliza informações coletadas por meio de diversas fontes (de sensores de solo a imagens de satélite) para aumentar os rendimentos e reduzir o uso de água ou produtos químicos. Por exemplo, dados sobre umidade, temperatura e saúde das plantas podem otimizar a irrigação, a aplicação de fertilizantes ou a proteção das culturas.
De acordo com dados de 2002 a 2018, os agricultores norte-americanos que utilizaram tecnologia de agricultura de precisão aumentaram a produtividade em 4%, melhoraram a eficiência na aplicação de fertilizantes em 7% e reduziram o uso de herbicidas e pesticidas em 9%.
A agricultura robótica é usada para automatizar tarefas, desde o plantio e colheita até o controle de ervas daninhas e monitoramento. A automação de processos rotineiros garante precisão nas tarefas, enfrenta a escassez de mão de obra e impulsiona a produção. Por exemplo, o uso de "visão computacional" para o controle de ervas daninhas pode reduzir o uso de pesticidas em 90%.
A inteligência artificial (IA) analisa grandes volumes de dados muito mais rápido do que os humanos. Com base nisso, os algoritmos de IA incorporados em diversos sistemas de gestão agrícola fazem recomendações sobre quando plantar, regar e colher.
Os drones também são usados, principalmente para monitorar lavouras e solo, identificar doenças e pragas. Eles podem cobrir rapidamente grandes áreas e ser uma ferramenta eficaz para mapear fazendas.
Equilibrando os Benefícios e Desafios
Os benefícios da digitalização na agricultura podem incluir aumento da produtividade e eficiência operacional, análises precisas e gestão de riscos, melhoria na qualidade e quantidade de produtos e colheitas, desenvolvimento sustentável e redução de danos ambientais, além de aliviar o trabalho manual e reduzir os riscos relacionados ao fator humano.
Enquanto isso, os desafios da adoção incluem altos custos na implementação de tecnologias digitais na agricultura, falta de especialistas qualificados para recorrer e possíveis cortes de empregos.
É importante encontrar um equilíbrio entre os possíveis benefícios e as realidades financeiras das novas tecnologias, especialmente para pequenas empresas. Os líderes em tecnologia precisam compreender o ônus financeiro para elaborar estratégias de acessibilidade.
Oferecer programas de educação e treinamento também é crucial ao vender novas tecnologias, a fim de reduzir a lacuna de habilidades entre métodos ultrapassados e tecnologias contemporâneas, bem como atrair novos e melhores talentos, oferecendo possibilidades para futuras carreiras.
Digitalização do Agronegócio em Todo o Mundo
Espera-se que o mercado de agricultura digital cresça de US$ 18,11 bilhões em 2023 para US$ 29,83 bilhões em 2028.
Segundo a McKinsey, "Quase 55% das grandes fazendas hoje utilizam sistemas de gestão agrícola, e mais de 50% das grandes fazendas utilizam algum tipo de hardware de agricultura de precisão. Cerca de um quarto das pequenas fazendas utilizam essa tecnologia ou pretendem utilizá-la nos próximos dois anos... A automação, robótica e eletrificação também estão ganhando espaço."
A média nacional de fazendas que usam tecnologia no Canadá é de 50,4%. Enquanto isso, os agricultores europeus estão entre os líderes na adoção global de agtech, com Alemanha e Países Baixos liderando o caminho. De acordo com um estudo de 2017, na Europa, 70% de todas as máquinas de fertilização e pulverização de culturas estão equipadas com tecnologia de agricultura de precisão.
Segundo a McKinsey, "A adoção de produtos agtech é menor na Ásia, com apenas cerca de 9% dos agricultores utilizando ou planejando usar pelo menos um produto agtech; a adoção varia entre os países desta região também."
Enquanto isso, o Japão está entre os líderes em agricultura inteligente em termos de robótica e drones. Desde 2019, abraçou uma série de inovações, enquanto o governo japonês tem apoiado reformas políticas agrícolas e aumentado o financiamento na indústria para enfrentar os problemas de escassez de mão de obra e envelhecimento.
Na Nova Zelândia, o setor de tecnologia agrícola foi designado como uma área prioritária pelo governo devido ao seu potencial de exportação, impacto ambiental e ganho comercial. Continua sendo uma grande força por trás do crescimento da produtividade, e o país tem como meta aumentar sua contribuição para a economia do país para US$ 8 bilhões até 2030.
Na América do Sul, cerca de 50% dos agricultores adotaram agtech, com o sensoriamento remoto sendo o caso de uso mais popular.
E de acordo com uma pesquisa encomendada pela Microsoft, a África tem um enorme potencial para se tornar líder no espaço de agritech. Por exemplo, eles observam que "o continente registrou o maior número de serviços de agritech no mundo em desenvolvimento, alcançando mais de 33 milhões de pequenos agricultores até o momento."
O Que os Líderes da Indústria Podem Fazer
Tecnologias digitais estão mudando a indústria agrícola. Francamente falando, não existem muitas outras opções para aumentar a produção e alimentar o mundo nas próximas décadas.
Para líderes empresariais que avançam nesse setor, eu sugeriria vender a solução para os pontos problemáticos de seus clientes, não apenas um produto. Pense em estratégias omnichannel para interagir com seus clientes de maneira mais rápida e eficiente, aprimorando experiências personalizadas offline e online.
Na minha experiência, a maioria dos desafios da adoção de tecnologia pode ser superada com investimentos financeiros, treinamento e educação passo a passo. Mas trabalhar em conjunto também é essencial aqui. Por exemplo, descobri que interagir com comunidades agrícolas em todo o mundo para obter feedback em tempo real pode ter um efeito semelhante ao aprimoramento da literacia digital ou obtenção de mais recursos.
Todos os players da indústria precisam aprender a agir juntos — especialmente quando o objetivo final não é apenas lucro a curto prazo, mas segurança alimentar para toda a população da Terra. Para facilitar a agricultura digital, a conectividade é necessária globalmente, não apenas em nível local.
https://www.forbes.com/sites/forbesbusinesscouncil/2023/11/22/navigating-the-global-landscape-of-digital-agriculture/
Ao gerenciar áreas de negócios para grandes corporações multinacionais do setor agrícola, adquiri compreensão de todas as dificuldades enfrentadas por agricultores, produtores de insumos, varejistas e empresas de grãos. Comecei a pensar em como a tecnologia poderia ser uma excelente maneira de aumentar a produtividade e melhorar o fornecimento de alimentos. Por isso, decidi deixar o setor corporativo e estabelecer um mercado B2B para toda a cadeia de valor agrícola.
Com base nos números da minha empresa e dos nossos pares na indústria, percebo que plataformas de negociação digital podem realmente aumentar as vendas globais e locais ao facilitar negociações de preço e conectar compradores e vendedores com uma ampla gama de participantes do mercado agrícola. Mas permita-me destacar também algumas outras soluções agtech.
Automação na Agricultura: Visão Geral da Tecnologia
A agricultura de precisão utiliza informações coletadas por meio de diversas fontes (de sensores de solo a imagens de satélite) para aumentar os rendimentos e reduzir o uso de água ou produtos químicos. Por exemplo, dados sobre umidade, temperatura e saúde das plantas podem otimizar a irrigação, a aplicação de fertilizantes ou a proteção das culturas.
De acordo com dados de 2002 a 2018, os agricultores norte-americanos que utilizaram tecnologia de agricultura de precisão aumentaram a produtividade em 4%, melhoraram a eficiência na aplicação de fertilizantes em 7% e reduziram o uso de herbicidas e pesticidas em 9%.
A agricultura robótica é usada para automatizar tarefas, desde o plantio e colheita até o controle de ervas daninhas e monitoramento. A automação de processos rotineiros garante precisão nas tarefas, enfrenta a escassez de mão de obra e impulsiona a produção. Por exemplo, o uso de "visão computacional" para o controle de ervas daninhas pode reduzir o uso de pesticidas em 90%.
A inteligência artificial (IA) analisa grandes volumes de dados muito mais rápido do que os humanos. Com base nisso, os algoritmos de IA incorporados em diversos sistemas de gestão agrícola fazem recomendações sobre quando plantar, regar e colher.
Os drones também são usados, principalmente para monitorar lavouras e solo, identificar doenças e pragas. Eles podem cobrir rapidamente grandes áreas e ser uma ferramenta eficaz para mapear fazendas.
Equilibrando os Benefícios e Desafios
Os benefícios da digitalização na agricultura podem incluir aumento da produtividade e eficiência operacional, análises precisas e gestão de riscos, melhoria na qualidade e quantidade de produtos e colheitas, desenvolvimento sustentável e redução de danos ambientais, além de aliviar o trabalho manual e reduzir os riscos relacionados ao fator humano.
Enquanto isso, os desafios da adoção incluem altos custos na implementação de tecnologias digitais na agricultura, falta de especialistas qualificados para recorrer e possíveis cortes de empregos.
É importante encontrar um equilíbrio entre os possíveis benefícios e as realidades financeiras das novas tecnologias, especialmente para pequenas empresas. Os líderes em tecnologia precisam compreender o ônus financeiro para elaborar estratégias de acessibilidade.
Oferecer programas de educação e treinamento também é crucial ao vender novas tecnologias, a fim de reduzir a lacuna de habilidades entre métodos ultrapassados e tecnologias contemporâneas, bem como atrair novos e melhores talentos, oferecendo possibilidades para futuras carreiras.
Digitalização do Agronegócio em Todo o Mundo
Espera-se que o mercado de agricultura digital cresça de US$ 18,11 bilhões em 2023 para US$ 29,83 bilhões em 2028.
Segundo a McKinsey, "Quase 55% das grandes fazendas hoje utilizam sistemas de gestão agrícola, e mais de 50% das grandes fazendas utilizam algum tipo de hardware de agricultura de precisão. Cerca de um quarto das pequenas fazendas utilizam essa tecnologia ou pretendem utilizá-la nos próximos dois anos... A automação, robótica e eletrificação também estão ganhando espaço."
A média nacional de fazendas que usam tecnologia no Canadá é de 50,4%. Enquanto isso, os agricultores europeus estão entre os líderes na adoção global de agtech, com Alemanha e Países Baixos liderando o caminho. De acordo com um estudo de 2017, na Europa, 70% de todas as máquinas de fertilização e pulverização de culturas estão equipadas com tecnologia de agricultura de precisão.
Segundo a McKinsey, "A adoção de produtos agtech é menor na Ásia, com apenas cerca de 9% dos agricultores utilizando ou planejando usar pelo menos um produto agtech; a adoção varia entre os países desta região também."
Enquanto isso, o Japão está entre os líderes em agricultura inteligente em termos de robótica e drones. Desde 2019, abraçou uma série de inovações, enquanto o governo japonês tem apoiado reformas políticas agrícolas e aumentado o financiamento na indústria para enfrentar os problemas de escassez de mão de obra e envelhecimento.
Na Nova Zelândia, o setor de tecnologia agrícola foi designado como uma área prioritária pelo governo devido ao seu potencial de exportação, impacto ambiental e ganho comercial. Continua sendo uma grande força por trás do crescimento da produtividade, e o país tem como meta aumentar sua contribuição para a economia do país para US$ 8 bilhões até 2030.
Na América do Sul, cerca de 50% dos agricultores adotaram agtech, com o sensoriamento remoto sendo o caso de uso mais popular.
E de acordo com uma pesquisa encomendada pela Microsoft, a África tem um enorme potencial para se tornar líder no espaço de agritech. Por exemplo, eles observam que "o continente registrou o maior número de serviços de agritech no mundo em desenvolvimento, alcançando mais de 33 milhões de pequenos agricultores até o momento."
O Que os Líderes da Indústria Podem Fazer
Tecnologias digitais estão mudando a indústria agrícola. Francamente falando, não existem muitas outras opções para aumentar a produção e alimentar o mundo nas próximas décadas.
Para líderes empresariais que avançam nesse setor, eu sugeriria vender a solução para os pontos problemáticos de seus clientes, não apenas um produto. Pense em estratégias omnichannel para interagir com seus clientes de maneira mais rápida e eficiente, aprimorando experiências personalizadas offline e online.
Na minha experiência, a maioria dos desafios da adoção de tecnologia pode ser superada com investimentos financeiros, treinamento e educação passo a passo. Mas trabalhar em conjunto também é essencial aqui. Por exemplo, descobri que interagir com comunidades agrícolas em todo o mundo para obter feedback em tempo real pode ter um efeito semelhante ao aprimoramento da literacia digital ou obtenção de mais recursos.
Todos os players da indústria precisam aprender a agir juntos — especialmente quando o objetivo final não é apenas lucro a curto prazo, mas segurança alimentar para toda a população da Terra. Para facilitar a agricultura digital, a conectividade é necessária globalmente, não apenas em nível local.
https://www.forbes.com/sites/forbesbusinesscouncil/2023/11/22/navigating-the-global-landscape-of-digital-agriculture/